segunda-feira, 26 de março de 2012

Iracema.

  O livro Iracema foi um grande marco na cultura Brasileira, por ser bem representado pelo escritor José de Alencar. Aonde ele escreve um poema em prosa que narra o amor de duas pessoas completamente diferentes. Além de ter todas as características do romantismo da primeira geração no Brasil.
 José de Alencar lançou esse livro em 1865, fazendo-o ser o segundo livro da trilogia “indianista” do autor.
 A narrativa começa quando Iracema está tomando banho e toma um susto ao ouvir Martim andar na mata, assustada ela lança uma flecha nele, o confundido com um mau espírito.
 Arrependida de tê-lo machucado, ela quebra a flecha mostrando paz e arrependimento. E também o leva a sua cabana para cuidar do machucado.
 Como ela é filha do pajé, o mesmo ao ver Martin, diz que ele é um guerreiro enviado por seu deus, e oferece tudo de bom e do melhor a Martim.
 Depois de um tempo, Martim começa e se sentir triste, e vendo isso Iracema tenta reanimá-lo, mas sem sucesso, mas também sabendo a causa que o deixa assim, Iracema mostra a ele o segredo de jurema, a grande arma de sua tribo para lutar contra os inimigos, fazendo Martim ter alucinações com sua “noiva branca” e que dormiu com Iracema.
 Passado um tempo depois disso, as pessoas da tribo começaram a ficar curiosas sobre Martim, questionando o pajé, sobre quem ele era e o que ele estava fazendo ali. Com isso o Irapuã que amava Iracema, cria uma guerra contra Martim, deixando-o a única opção de fugir da tribo.
 Iracema o ajuda a fugir e no meio do caminho eles encontram Poti, o melhor amigo indígena de Martim. Quando eles estavam bem longe da tribo dos tabajaras, se estabeleceram no meio da floresta.
 Estabelecidos lá, Poti conversou com Martim sobre seu avô, e pediu que o mesmo conhecesse seu parente. Ao amanhecer eles começaram sua caminhada até onde se encontrava o avô de Poti.
 Chegando lá, eles o encontraram a beira da morte. Mesmo esse personagem aparecendo só uma vez, ele tem uma importância na história muito grande. Antes mesmo de Poti os apresentar, ou de aparecer ali, ele já sabia quem era Martim e o seu significado para o destino do Brasil. E é isso o que ele fala, antes de morrer.
 Depois do fim dessa visita, eles procuram um lugar onde morar, encontrando-o na beira de um rio. Logo após de estabelecerem, Poti e Martim recebem a notícia de que a tribo de Iracema fez tratado com os franceses e como a tribo de Poti é contra isso, eles começariam uma guerra. Martim informa isso a Iracema e a mesma o apóia.
 Ao passar dos tempos Iracema percebeu que estava diferente, e acaba descobrindo que está grávida. Alguns tempos depois que descobriu a noticia, Martim volta da guerra e ela o surpreende o contando que está esperando um filho dele. O mesmo fica um pouco feliz com a notícia, mas não o bastante para transparecer, o que deixa Iracema infeliz e Poti também.
 Pouco tempo depois que voltou, Poti recebe a noticia que haverá outra guerra, e que ele e Martim têm que partir imediatamente. Sem tempo para avisar Iracema que irá para outra guerra, Martim deixa uma mensagem para ela, dizendo que partiu e que é para ela esperá-lo. Iracema sentindo falta de Martim vai procurá-lo e encontra a mensagem.
 A partir daí Iracema vive sozinha, esperando Martim voltar e começa a lutar pela sobrevivência, sua e de seu filho. Como ela está grávida, não consegue fazer tudo o que fazia antes, o que resulta em sua desidratação.
 Depois do nascimento de seu filho, Iracema também luta para alimentá-lo, já que como ela não pode comer muito durante a gravidez, não tem muito leite. É no meio da mata, quase morta, segurando seu filho no colo, que Martin a encontra, a jovem dos lábios de mel entrega o filho ao pai e com poucas palavras morre. Depois da morte de Iracema Martim volta para sua terra natal; Portugal.
 Esse livro foi considerado o romance mais bem estruturado de José de Alencar, que idealiza a Iracema como heroína e Martim como o colonizador.
 A dor de Iracema representa toda a dor que a colonização causou. E a entrega de seu filho, Moacir que significa nascido da dor, é uma característica da submissão da mulher no século XIX.
 O conteúdo desse livro por si só, é muito lindo. Pois mostra um amor inocente, um amor jovem, que no fim de tudo não era para acabar mal, mas acabou. É uma obra linda, que faz de nós brasileiros, heróis, mesmo que a colonização tenha ganhado e matado os índios. Ela também mostra nossas origens, fazendo-nos ver, o que há de lindo no Brasil.

Um comentário:

  1. Muito bom, Paula!!
    Parabéns pelo blog!
    Agora cuide bem dele, postando sempre!
    Bjss

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